terça-feira, 27 de novembro de 2012
Eu sou dezembro
Hoje acordei um tanto quanto embriagado
Talvez da mesmice que acomete as pessoas
Poderia eu ver hoje um pássaro alado
Talvez pra deixar um pouco a vida a toa
É hora, finalmente de mudar
Até mesmo os versos pedem uma alteração
Não veem mais em mim talvez um lar
Porque estão cansados de sairem sem entonação
Converso com as palavras soletrando-as a noite
Elas repudiam os sentimentos que não são verdadeiros
Fazem tudo para não me perder com seu foice
Mas hoje já não sei se sou mais inteiro
Hoje, acordei com vontade de me alterar
De tricotar meu cabelo e a vértice do meu coração
Mudar para o bem e lançar uma xicara de chá
Naqueles brutos que passam na calçada sem emoção
É assim que eu passo os anos, não adianta estar intacto
Eu mudo quando vejo a necessidade desse firmamento
Fuja de mim se a insatisfação está inerente aos seus passos
Porque pra todo mundo eu digo: por isso eu sou dezembro.
Dan
domingo, 18 de novembro de 2012
Dia a Dia
Estou sentado hoje perto do lago
Tocando as árvores e sentindo estrelas
Não tenho, sinceramente, nenhum tato
Para aguardar ver suas sobrancelhas
Eu deito, rolo e clamo para as árvores
mas fingem não me escutar, parecem doidas
mas quando me batem com varas de mármores
eu não reclamo, se mereço tais coisas
Há algum tempo atrás, eu já estava cansado de aguardar
tentando envolver meus sentimentos, enganando meu coração
na maioria das vezes, eu volto só pelo lar
mesmo que meus amigos dizem para eu guardar minha emoção
O que fazer quando se é apaixonado pela vida
Esperando que alguém viva na mesma intensidade
Eu corro e choro por ser tão difícil tal lida
mas me recordo que o achado vale a honestidade
Porque afinal, para mim deve ser para sempre
Não gosto de recortes de todas essas idas e vindas
Pra mim, é viver junto no frio e quente
Se não for assim, não vale nenhuma rotina.
Dan
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